quarta-feira, 19 de agosto de 2009

LIMPEZA TOTAL - CONTRACAPA | MARCOS ESPÍNDOLA

DIÁRIO CATARINENSE - 25 de março de 2009 | N° 8386

CONTRACAPA | MARCOS ESPÍNDOLA

  • LIMPEZA TOTAL

    Não precisa ser Deus para colocar ordem no caos! Eu chamo a Benta, a diarista que recorrentemente me socorre. Pois é essa lida diária e dura de quem se dedica à manter a ordem na casa os outros que inspirou o jornalista Paulo Henrique Moura, que lança hoje, às 20h, no Café e Cultura (Centro de Itajaí) o documentário Domésticas Para Vida: Quando o Trabalho é na Casa do Outro...

  • ... A produção acompanha o dia a dia de três mulheres de Itajaí – Solange, Rose e Lourdes –, todas domésticas e que revelam um bom retrato sobre este universo que representa 20% da força de trabalho feminino no país.

Conheça como é a vida de Lourdes, Solange e Rose

Jornal A Notícia e Jornal de Santa Catarina - 25 de março de 2009. | N° 353

CINEMA

Conheça como é a vida de Lourdes, Solange e Rose

DOCUMENTÁRIO MOSTRA COMO A VIDA DAS DOMÉSTICAS AINDA É DIFÍCIL


CAROLINE PASSOS | BLUMENAU

As histórias de três mulheres guiam o documentário “Domésticas para a Vida: Quando o Trabalho É na Casa do Outro”, lançado hoje em duas sessões, às 20 horas e 20h30, no Café e Cultura do Centro de Cultura Popular (Mercado Velho), em Itajaí. Dirigido pelo jornalista Paulo Henrique de Moura, o filme narra as trajetórias das empregadas domésticas Solange, Lourdes e Rose.

O interesse de Moura pela vida destas mulheres partiu de uma experiência pessoal. A própria mãe do diretor trabalhou como doméstica por muitos anos. Além disso, o documentário pretende dar voz a uma classe que é colocada à margem da sociedade, sem retratá-la como vítima.

“A própria Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) deixa as empregadas domésticas sem muitos dos direitos que são comuns a outros trabalhadores”, completa o diretor.

Resultado do trabalho de conclusão de curso em jornalismo pela Univali, “Domésticas para a Vida” reúne histórias singulares. Solange começou na profissão aos nove anos e, hoje, deixou a profissão para trabalhar no Mercado Público de Itajaí. Lourdes optou por ser empregada doméstica mesmo sem precisar. E Rose, mãe de um amigo de Paulo, trabalha desde os 18 anos limpando casas. As três moram a menos de 20 minutos uma da outra e compartilham o reconhecimento pela atividade que exercem.

Toda a produção, desde a pesquisa, durou cerca de oito meses. É a primeira vez que será exibido para o público. Este é o terceiro documentário de Moura. O primeiro chama-se “Hoje” – filme em que acompanhou algumas pessoas para saber o que elas esperavam do dia de hoje e se conseguiram cumprir o que imaginavam. O segundo é “Verde Novo”, sobre as construções na Praia Brava, em Itajaí. O diretor também é autor do curta “16 Horas”, selecionado pela Mostra de Vídeos Catarinenses Catavídeo e que conta a história de quatro pessoas que ficam presas em um elevador.

FICHA TÉCNICA

Produção, roteiro e direção: Paulo Henrique de Moura

Direção de fotografia: Paulo Henrique de Moura

Assistente de direção: Ilana Coelho

Assistente de produção: Herivelto Dias Correa Jr

Imagens: José Fernando dos Santos e Pedro dos Santos

Som: Herivelto Dias Correa Jr. e Ilana Coelho

Edição e finalização: Marlon Gamba

Projeto gráfico: Júlio Castelain

Trilha: Paulo Henrique de Moura

SERVIÇO
O QUÊ: “Domésticas para a Vida: Quando o Trabalho É na Casa do Outro”.
ONDE: Café e Cultura do Centro de Cultura Popular, Mercado Velho, avenida Ministro Victor Konder, Praça Félix Asseburg, s/nº, Centro, Itajaí.
QUANDO: hoje, às 20 e 20h30.
QUANTO: entrada gratuita.
INFORMAÇÕES: (47) 3348-3610.

Hagah - Exibição em Brusque

Categorias: Cinema/Documentário
Cena do filme (Ilana Coelho)

Cena do filme (Ilana Coelho)

Domésticas para vida: quando o trabalho é na casa do outro

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Assistência de DireçãoIlana Coelho
DesignJúlio Castelain
DireçãoPaulo Henrique de Moura
Direção de FotografiaPaulo Henrique de Moura
EdiçãoMarlon Gamba
JornalistaPaulo Henrique de Moura
ProduçãoPaulo Henrique de Moura, Herivelto Dias Correa Jr., (Imagens) José Fernando dos Santos e (Imagens) Pedro dos Santos
RoteiroPaulo Henrique de Moura
SonoplastiaHerivelto Dias Correa Jr. e Ilana Coelho
Trilha SonoraPaulo Henrique de Moura

Resultado do Trabalho de Conclusão de Curso do jornalista Paulo Henrique de Moura, o documentário mostra o cotidiano de três empregadas domésticas de Itajaí, suas dificuldades, sonhos e realizações. Solange, Rose e Lourdes moram a menos de 20 minutos de distância uma da outra, e apesar de trajetórias diferentes, têm em comum a profissão. Embora o trabalho apareça como sina no imaginário popular, Domésticas para vida... não retrata as personagens como vítimas, mas como trabalhadoras que exercem a atividade porque precisam ou porque gostam.

Na casa do outro


Jornal A Notícia - 31 de maio de 2009. | N° 420
CAPA
Na casa do outro

Durante mais de 20 anos a mãe de Paulo Henrique de Moura trabalhou como doméstica. Aos 17, a mineira Maria das Graças viajou para São Paulo em busca de melhores condições de vida. O primeiro emprego que conseguiu foi como arrumadeira. A partir daí, trabalhou em várias casas, em algumas sendo bem tratada e em outras enfrentando dificuldades e até humilhações.

As histórias contadas pela mãe inspiraram Moura durante o curso de jornalismo na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). O resultado foi o documentário “Domésticas Para a Vida: Quando o Trabalho É na Casa do Outro”, apresentado como trabalho de conclusão de curso no final do ano passado.

O filme narra a vida de três mulheres que moram em Itajaí. Apesar de trajetórias diferentes, elas têm em comum a profissão: são empregadas domésticas. Protagonistas da narrativa, Solange Ramos da Costa, Rosimeri dos Santos Lucindo e Maria de Lourdes Freitas relatam a luta, os preconceitos e as dificuldades que enfrentam para terem seus direitos reconhecidos. “O maior problema é que muitas precisam trabalhar e são obrigadas a deixar os estudos de lado, e, pela falta de escolaridade, não são reconhecidas”, relata Moura.

Durante 20 minutos, o mesmo trabalho é visto sob três óticas distintas e gera discussões em vários campos. No caso de Solange, o trabalho infantil é o principal tema. A empregada começou a trabalhar com nove anos e não ganhava salário. Limpava e arrumava a casa em troca de roupas e comida. Hoje, ainda trabalha como doméstica, de maneira legal, e gosta do que faz.

Já Rosi deixa claro que nunca gostou do trabalho. Como casou cedo, esta foi a única opção encontrada para ajudar no sustento da casa. “Agora ela está estudando para ser professora de crianças especiais. É o sonho dela”, revela o diretor do filme. O oposto de Rosi é Lourdes, que sente prazer pelo trabalho. “Lourdes faz porque quer, não precisa disso. Ela vai trabalhar de carro e têm quatro casas alugadas”, comenta.

As três histórias encontram-se em um ponto comum: o complexo universo do trabalho doméstico e a luta pela legalização dos direitos trabalhistas.

Domésticas no Jornal Terça em Notícia

Bom pessoal.
Aqui vai o post de uma das várias matérias que foram realizadas sobre o Documentário.
Quando eu conseguir as demais eu disponibilizarei aqui.